terça-feira, 27 de julho de 2010




No alto dos teus olhos
fascinados,
recorta-se um céu
que se alonga,
reborda-se um sol
verso e milonga.
e cai dentro da noite,
solidéu.

Ao longo dos teus olhos
abismados,
transborda um rio largo
que se abruma,
despenha-se na areia
qual espuma
e vai cismar sozinho
seu amargo.

No longe dos teus olhos
o mar se esconde
além do brilho fosco
do luar.
São asas que se vão
não sei pra onde.
São pássaros voláteis
teu olhar.

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